quarta-feira, 19 de novembro de 2025

Em Família: Com Dois Deputados Federais no Mesmo Teto, PL de Josimar Maranhãozinho Vai Lançar dois Sobrinhos Estaduais


O Partido Liberal (PL) no Maranhão vive um momento de reorganização interna e expansão estratégica. Com dois deputados federais atuando sob a liderança de Josimar de Maranhãozinho o próprio Josimar e sua esposa, a deputada Detinha o grupo político prepara agora um novo movimento: lançar dois sobrinhos como candidatos a deputado estadual nas eleições de 2026.

A iniciativa é vista dentro e fora do partido como parte de um processo de fortalecimento familiar e de blindagem política, prática comum em grupos comandados por lideranças regionais com forte influência territorial. O objetivo é ampliar o controle sobre bases municipais, consolidar votos e manter o protagonismo do PL no tabuleiro político maranhense, especialmente em um cenário de disputa crescente entre grupos tradicionais e novas forças emergentes.

Embora os nomes dos sobrinhos ainda não tenham sido oficialmente apresentados, aliados próximos confirmam que ambos já estão em campo realizando visitas, participando de eventos e estabelecendo redes com prefeitos alinhados ao PL. A articulação ocorre no mesmo momento em que Josimar fortalece alianças estratégicas como o recente acordo com o segundo colocado na eleição de Paço Lumiar em 2024 Felipe Gonçalo e a liberação das lideranças do partido para apoiar a pré-candidatura de Dr. Hilton Gonçalo ao Senado.

O movimento de Josimar tem três camadas estratégicas

1. Expansão do clã político

Com dois federais na mesma estrutura, lançar dois estaduais da família cria uma bancada familiar algo que aumenta o poder de barganha, a capacidade de articulação regional e o acesso a recursos públicos via emendas e alianças.

2. Reforço territorial

O PL vem buscando se consolidar como uma das maiores forças do Maranhão, especialmente após as eleições gerais e o fortalecimento nacional do partido. Ter mais nomes alinhados diretamente ao comando de Josimar amplia a presença em regiões onde o grupo já exerce forte influência, como no Alto Turi, Zé Doca e municípios vizinhos.

3. Preparação para 2026 e 2028

Lançar dois sobrinhos agora não é apenas um projeto eleitoral, mas um investimento de médio prazo. Com mandatos estaduais, novos integrantes da família estariam aptos a disputar prefeituras em 2028 ou avançar para outras posições em 2030.

Isso reestrutura o capital político do PL e garante longevidade ao projeto de poder do grupo.

Apesar de politicamente eficiente, a estratégia também levanta críticas:

1. Personalização extrema da política

Transformar partidos em extensões familiares enfraquece estruturas democráticas internas, reduz renovação e desloca quadros competentes que não possuem relação sanguínea com o comando do partido.

2. Risco de desgaste

O excesso de parentes ocupando cargos eletivos tende a gerar desgaste diante do eleitorado, especialmente em regiões em que a população começa a exigir maior pluralidade e independência política.

3. Concentração de poder

A criação de uma “bancada da família” reforça a percepção de que o PL maranhense é comandado de maneira centralizada, o que pode dificultar alianças com grupos que buscam espaços reais de decisão não apenas adesões protocolares.

 

 


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