segunda-feira, 14 de julho de 2025

Dança das cadeiras ou reforma administrativa? Governo Brandão troca comando da SEDEL

São Luís – O Governo do Maranhão promoveu uma mudança estratégica no comando da SEDEL (Secretaria de Estado do Esporte e Lazer), reacendendo o debate sobre uma possível reforma administrativa em curso ou, pelo menos, uma nova rodada da conhecida “dança das cadeiras” no Palácio dos Leões. O nome indicado pelo deputado estadual Fábio abriu espaço para um novo titular.

Trata-se de Celso Dias, conhecido como Celsinho nos círculos políticos, tem no seu currículo a função de Secretário Parlamentar na Câmara dos Deputados, superintendente da 8ª Superintendência da CODEVASF por dois mandatos e membro da equipe de comunicação do Governo do Maranhão entre 2003 e 2005. Além disso, atuou como consultor em marketing político e eleitoral. O novo responsável pela Secretaria de Estado do Esporte e Lazer (SEDEL) é indicado pelo deputado federal Aluísio Mendes, presidente dos Republicanos (MA), após declarar apoio à base brandonista.

A troca ocorre em um momento de reacomodação de forças dentro da base aliada do governador Carlos Brandão (PSB), que vem articulando apoio político nos bastidores, pensando na própria sucessão estadual em 2026.

Segundo fontes próximas ao governo, a substituição teria sido costurada diretamente entre Brandão e Aluísio Mendes, o que sinalizava um fortalecimento do grupo político do deputado federal, que se mudou do núcleo duro do Palácio.

A SEDEL, embora não seja uma das massas com maior orçamento, tem forte apelo popular e capilaridade, está presente em projetos nos municípios, dialoga com a juventude e o esporte de base, e serve como vitrine para ações de visibilidade. Em outras palavras: é uma ferramenta eleitoral útil. principalmente por meio de ações de incentivo ao esporte amador e eventos comunitários o que se torna uma plataforma importante para esportes eleitorais,

A mudança também levanta questionamentos sobre uma possível reconfiguração mais ampla no secretariado estadual. Nos corredores do poder, especula-se que outras massas poderão sofrer alterações nos próximos meses, como parte de uma possível reforma administrativa com foco em política de desempenho e entrega de resultados.

Ao privilegiar um nome indicado por Aluísio Mendes, Brandão sinaliza que está disposto a fazer concessões a setores mais conservadores e pragmáticos da política maranhense. E, ao mesmo tempo, envie um recado claro aos aliados tradicionais: ninguém está imune às movimentações do xadrez político. Nem mesmo os próximos próximos.

A pergunta que fica é: a troca na SEDEL será um caso isolado ou o início de uma reforma administrativa mais ampla, para consolidar apoios estratégicos? A julgar pelos rumores nos corredores do Palácio dos Leões, outras peças deverão ser movimentadas nos próximos meses.

Por ora, o Palácio dos Leões ainda não oficializou os motivos da troca, nem comentou sobre possíveis novas mudanças em outras secretarias. No entanto, o movimento acende o sinal amarelo dentro da base governamental: ninguém está com carga garantida.

A pergunta que fica é: a troca na SEDEL será um caso isolado ou o início de uma reforma administrativa mais ampla, para consolidar apoios estratégicos? A julgar pelos rumores nos corredores do Palácio dos Leões, outras peças deverão ser movimentadas nos próximos meses.

quarta-feira, 9 de julho de 2025

Silêncio que Grita: Por que o PDT do Maranhão permanece calado após prefeito matar policial militar?

Passadas 72hs após o brutal assassinato do Policial Militar Geidson Thiago da Silva dos Santos, morto com 5 tiros pelas costas na noite de domingo (6) durante uma vaquejada na cidade de Trizidela do Vale e que foi sepultado na manhã desta terça-feira (8), em Pedreiras. O autor dos disparos, segundo a própria confissão, é o prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier (PDT), o silêncio do Partido Democrático Trabalhista (PDT) segue ensurdecedor.

O silêncio do Partido Democrático Trabalhista (PDT) no Maranhão diante de um episódio trágico e chocante gerou indignação e perplexidade na opinião pública. Desde o assassinato do Policial Militar, atribuído a um membro do PDT, ele confessou, o partido tem mantido uma postura de total omissão, sem emitir nota oficial ou adotar qualquer medida pública diante do ocorrido.

O crime, testemunhado por populares, abalou profundamente as corporações policiais e está reacendendo o debate sobre os limites da impunidade política. A vítima, um servidor público da segurança estadual, tombou mesmo não estando em serviço e de forma traiçoeira com 5 tiros pelas costas, por trás da arma, era um gestor eleito pelo povo para nutrir e ser exemplo para a sociedade.

Missão estratégica ou constrangimento político?

A ausência de posicionamento do PDT até o momento levanta questões fundamentais: o partido estaria protegendo um de seus quadros em nome de interesses eleitorais? Ou o silêncio seria reflexo do desconforto em lidar com uma tragédia que expõe contradições internas e cobra coerência ética?

Liderado nacionalmente por Carlos Lupi e historicamente associado à defesa dos trabalhadores e dos direitos humanos, o PDT construiu sua identidade a partir da luta pela justiça social. No entanto, a conduta adotada no caso João Vitor contrasta com esse legado, fragilizando a imagem do partido perante a sociedade.

Reações em cadeia

Enquanto o PDT se cala, entidades de classe, associações de militares e familiares do policial cobram justiça e respostas. A pressão aumenta também no meio político: parlamentares e lideranças de outros partidos já pedem a sua responsabilização penal imediata. Um crime covarde, um assassinato com arma de fogo cometido por um prefeito em pleno exercício da carga. A vítima: um policial militar. O autor: um afiliado do PDT, gestor municipal e chefe de poder. E a ocorrência do partido?   SILÊNCIO.

Esse silêncio, por mais que seja intencional como cautela ou estratégia jurídica, não é neutro. Ele fala alto. Ele se transforma em missão institucional, em cumplicidade silenciosa, em vergonha coletiva.

O PDT, que se orgulha de suas raízes trabalhistas, em defesa das instituições e da democracia, tem obrigações e ética de agir. Não apenas pelo PM morto, mas por respeito à sociedade maranhense que observa, incrédula, uma falta de atitude.

O que diz a legislação partidária?

O estatuto do PDT prevê a suspensão e até a expulsão de filiados que atentem contra os princípios éticos ou cometam crimes graves. A omissão em aplicação neste caso específico poderá ser interpretada como conivência ou conveniência, ferindo a revisão do partido às vésperas de um novo ciclo eleitoral.

Não se trata de julgamento antecipado, mas de dar exemplo. Afastar o prefeito. Suspender sua filiação. Abrir processo disciplinar. Emitir uma nota de solidariedade à família da vítima. Qualquer gesto seria melhor do que o completo nada.

Até quando?

Diante da gravidade do episódio, o silêncio do PDT não é apenas uma escolha política, é uma mensagem. E, para muitos, essa mensagem é clara: quando a ética entra em conflito com os interesses de poder, a conveniência fala mais alto.

 A situação já repercute fora do Maranhão. As Lideranças Nacionais do PDT também evitaram comentários sobre o caso público. O presidente da sigla, Carlos Lupi, não se pronunciou até o fechamento desta matéria, bem como o diretório estadual, presidido entre o senador da república Weverton Rocha e o vice Erlanio Xavier que é ex-prefeito de Igarapé Grande, irmão do prefeito de Bernardo do Mearim Junior Xavier que é pai do prefeito João Vitor, nenhuma das partes sinalizou ação nesse sentido.

A postura tem sido de total silêncio institucional, o que gera questionamentos: estaria o partido priorizando cálculos O silêncio contrasta com o histórico discursivo da sigla, que sempre defendeu o respeito à legalidade, às instituições e aos direitos humanos. eleitorais em detrimento da ética? O episódio ganha contornos ainda mais graves por envolver uma figura pública com mandato eletivo e uma pertença vítima à segurança pública.

Por Fim

Se o partido não se posicionar agora, quando o fará? Quando haverá mais vítimas? Quando for conveniente eleitoralmente? A hora de agir é agora, e o PDT, se não acordar, perderá mais do que votos: perderá o respeito diante da sociedade maranhense, enquanto isso, o prefeito João Vitor encontra-se transitando pelas ruas tranquilamente enquanto famílias, silenciosas e a sociedade do médio Mearim estão de luto e em alerta, aguardando por justiça, por respostas e por responsabilidade.

 

segunda-feira, 7 de julho de 2025

Prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier, é o principal suspeito de assassinar policial militar com cinco tiros pelas costas

IGARAPÉ GRANDE (MA) — Um crime brutal abalou a região do Médio Mearim nesse final de semana, O prefeito do município de Igarapé Grande, João Vitor Xavier (PDT), que é filho do prefeito Bernardo do Mearim-MA, Júnior Xavier e sobrinho do Ex Prefeito de Igarapé Grande Erlanio Xavier, presidente estadual do PDT no Maranhão e pré-candidato a deputado federal, é o principal suspeito de assassinar, com cinco tiros pelas costas, o policial militar, identificado como soldado dos Santos em um episódio que chocou a população e mobilizou autoridades policiais.

O fato ocorreu durante uma vaquejada na noite do último domingo (6) no Parque Maratá localizado na cidade de Trizidela do Vale, a cerca de 280 km da capital maranhense, segundo relatos preliminares de testemunhas, a vítima não teve chance de defesa, o policial estava fora de serviço.

A motivação do crime ainda não foi divulgada oficialmente, mas circularam rumores de desentendimentos comunicados entre o gestor e a vítima.

O comandante do 19° Batalhão de Polícia Militar, Tenente Coronel Aguiar, deu detalhes, ao vivo, no Bandeira 2/TV Difusora hoje pela manhã, sobre o assassinato do policial militar Thyago dos Santos, conhecido como “Dos Santos”.

As primeiras informações colhidas no local apontam que a discussão foi iniciada por conta do veículo do prefeito se movimentar com luz alta. O Soldado Dos Santos não teria sacado a arma e nenhum projeto de arma do PM teria sido disparado.

O caso está sob responsabilidade da 14ª Delegacia Regional de Pedreiras, que já iniciou as diligências para apurar as situações do crime.

Até o presente momento não houve nenhum pronunciamento oficial nem do governo do estado ou do governador Carlos Brandão, bem como da polícia militar e da secretaria de segurança pública do Maranhão.

Clima de revolta e medo

A região amanheceu segunda-feira sob clima de revolta e tensão, "É revoltante. A gente nunca espera que uma autoridade, eleita para proteger e representar o povo, cometa um ato dessa natureza", disse uma moradora que preferiu não se identificar.

Desdobramentos políticos

O crime pode provocar um terremoto político na região, a Câmara de Vereadores deve se reunir nas próximas horas para discutir medidas emergenciais, incluindo o afastamento imediato do prefeito da carga.

João Vitor Xavier está no primeiro mandato como prefeito de Igarapé Grande e Vinha sendo apontado como liderança emergente na região, agora, seu futuro político está em xeque.

 

Esta matéria é baseada em informações preliminares. Todos os fatos estão sendo apurados e as atualizações serão feitas à medida que mais detalhes forem confirmados pelas autoridades. A Redação acompanha o caso e atualizações assim que houver novos desdobramentos

"Inimigo do meu inimigo é meu amigo": Aluísio Mendes declara apoio a Brandão e sela nova aliança política no Maranhão

Em um movimento surpreendente que redesenha o cenário político do Maranhão, o deputado federal Aluísio Mendes (Republicanos) acompanhado de 24 prefeitos e da presidente da ALEMA - Iracema Vale, declarou oficialmente apoio ao governador Carlos Brandão (PSB) e ao seu grupo político. Aproximadamente entre os dois, até então oponentes em campos distintos, evidencia a velha máxima da política: “o inimigo do meu inimigo é meu amigo”.

A aliança ocorre em meio à reorganização de forças rumo às eleições de 2026. Com histórico de oposição ao Palácio dos Leões, Aluísio Mendes agora se une a Brandão em nome de uma nova configuração estratégica que visa fortalecer ambos os lados contra adversários comuns especialmente grupos ligados ao ex-governador Flávio Dino e à ala bolsonarista no estado.

Durante o anúncio do apoio, realizado em evento fechado com lideranças políticas, Mendes destacou que a decisão se baseia em “convergência de interesses pelo Maranhão” e afirmou que “os tempos excluem união e maturidade política”.

"Não se trata apenas de nomes ou siglas, mas de um projeto que dialoga com o povo, que enfrenta os desafios do nosso estado com responsabilidade. Estou com Brandão porque reconheço nele essa disposição", declarou Aluísio.

Carlos Brandão, por sua vez, comemorou a nova aliança e ressaltou a importância da ampliação da base de apoio. “A política se faz com diálogo e espírito democrático. Aluísio vem somar, com sua experiência e força política, ao nosso projeto de desenvolvimento para o Maranhão”, afirmou o governador.

Nos bastidores, a negociação é vista como estratégica para ambos: Aluísio busca espaço e visibilidade dentro de um grupo governamental consolidado, enquanto Brandão amplia seu leque de apoios e isola possíveis adversários à sua reeleição ou sucessão estadual.

A união, no entanto, também levanta questionamentos sobre coerência política e reposicionamento ideológico, já que Aluísio Mendes sempre teve forte ligação com a direita e com o ex-presidente Jair Bolsonaro, enquanto Brandão tem se aliado ao presidente Lula.

Apesar disso, os analistas apontam que, no xadrez político maranhense, a entrega pode ser estratégica. Com essa aliança, ambos os lados ganham musculatura para enfrentar os próximos debates eleitorais, reforçando a tese de que, na política, não existem inimigos eternos, apenas interesses momentaneamente divergentes.