quarta-feira, 9 de julho de 2025

Silêncio que Grita: Por que o PDT do Maranhão permanece calado após prefeito matar policial militar?

Passadas 72hs após o brutal assassinato do Policial Militar Geidson Thiago da Silva dos Santos, morto com 5 tiros pelas costas na noite de domingo (6) durante uma vaquejada na cidade de Trizidela do Vale e que foi sepultado na manhã desta terça-feira (8), em Pedreiras. O autor dos disparos, segundo a própria confissão, é o prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier (PDT), o silêncio do Partido Democrático Trabalhista (PDT) segue ensurdecedor.

O silêncio do Partido Democrático Trabalhista (PDT) no Maranhão diante de um episódio trágico e chocante gerou indignação e perplexidade na opinião pública. Desde o assassinato do Policial Militar, atribuído a um membro do PDT, ele confessou, o partido tem mantido uma postura de total omissão, sem emitir nota oficial ou adotar qualquer medida pública diante do ocorrido.

O crime, testemunhado por populares, abalou profundamente as corporações policiais e está reacendendo o debate sobre os limites da impunidade política. A vítima, um servidor público da segurança estadual, tombou mesmo não estando em serviço e de forma traiçoeira com 5 tiros pelas costas, por trás da arma, era um gestor eleito pelo povo para nutrir e ser exemplo para a sociedade.

Missão estratégica ou constrangimento político?

A ausência de posicionamento do PDT até o momento levanta questões fundamentais: o partido estaria protegendo um de seus quadros em nome de interesses eleitorais? Ou o silêncio seria reflexo do desconforto em lidar com uma tragédia que expõe contradições internas e cobra coerência ética?

Liderado nacionalmente por Carlos Lupi e historicamente associado à defesa dos trabalhadores e dos direitos humanos, o PDT construiu sua identidade a partir da luta pela justiça social. No entanto, a conduta adotada no caso João Vitor contrasta com esse legado, fragilizando a imagem do partido perante a sociedade.

Reações em cadeia

Enquanto o PDT se cala, entidades de classe, associações de militares e familiares do policial cobram justiça e respostas. A pressão aumenta também no meio político: parlamentares e lideranças de outros partidos já pedem a sua responsabilização penal imediata. Um crime covarde, um assassinato com arma de fogo cometido por um prefeito em pleno exercício da carga. A vítima: um policial militar. O autor: um afiliado do PDT, gestor municipal e chefe de poder. E a ocorrência do partido?   SILÊNCIO.

Esse silêncio, por mais que seja intencional como cautela ou estratégia jurídica, não é neutro. Ele fala alto. Ele se transforma em missão institucional, em cumplicidade silenciosa, em vergonha coletiva.

O PDT, que se orgulha de suas raízes trabalhistas, em defesa das instituições e da democracia, tem obrigações e ética de agir. Não apenas pelo PM morto, mas por respeito à sociedade maranhense que observa, incrédula, uma falta de atitude.

O que diz a legislação partidária?

O estatuto do PDT prevê a suspensão e até a expulsão de filiados que atentem contra os princípios éticos ou cometam crimes graves. A omissão em aplicação neste caso específico poderá ser interpretada como conivência ou conveniência, ferindo a revisão do partido às vésperas de um novo ciclo eleitoral.

Não se trata de julgamento antecipado, mas de dar exemplo. Afastar o prefeito. Suspender sua filiação. Abrir processo disciplinar. Emitir uma nota de solidariedade à família da vítima. Qualquer gesto seria melhor do que o completo nada.

Até quando?

Diante da gravidade do episódio, o silêncio do PDT não é apenas uma escolha política, é uma mensagem. E, para muitos, essa mensagem é clara: quando a ética entra em conflito com os interesses de poder, a conveniência fala mais alto.

 A situação já repercute fora do Maranhão. As Lideranças Nacionais do PDT também evitaram comentários sobre o caso público. O presidente da sigla, Carlos Lupi, não se pronunciou até o fechamento desta matéria, bem como o diretório estadual, presidido entre o senador da república Weverton Rocha e o vice Erlanio Xavier que é ex-prefeito de Igarapé Grande, irmão do prefeito de Bernardo do Mearim Junior Xavier que é pai do prefeito João Vitor, nenhuma das partes sinalizou ação nesse sentido.

A postura tem sido de total silêncio institucional, o que gera questionamentos: estaria o partido priorizando cálculos O silêncio contrasta com o histórico discursivo da sigla, que sempre defendeu o respeito à legalidade, às instituições e aos direitos humanos. eleitorais em detrimento da ética? O episódio ganha contornos ainda mais graves por envolver uma figura pública com mandato eletivo e uma pertença vítima à segurança pública.

Por Fim

Se o partido não se posicionar agora, quando o fará? Quando haverá mais vítimas? Quando for conveniente eleitoralmente? A hora de agir é agora, e o PDT, se não acordar, perderá mais do que votos: perderá o respeito diante da sociedade maranhense, enquanto isso, o prefeito João Vitor encontra-se transitando pelas ruas tranquilamente enquanto famílias, silenciosas e a sociedade do médio Mearim estão de luto e em alerta, aguardando por justiça, por respostas e por responsabilidade.

 

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