O
Partido Socialista Brasileiro (PSB) vive um momento de evidente esvaziamento no
Maranhão com a troca no comando estadual da legenda, já circula com força nos
bastidores políticos que essa troca irá provocar a saída de lideranças
municipais e estaduais.
Nesta
quarta-feira (6), a senadora Ana Paula Lobato tomou posse como nova presidente
estadual do PSB no Maranhão. A cerimônia ocorreu em Brasília e contou com a
presença do presidente nacional do partido, João Campos, e do vice-presidente
da República, Geraldo Alckmin.
Com a mudança, o PSB deixa de estar sob o comando do governador Carlos Brandão e passa para as mãos da senadora Ana Paula, que é esposa do deputado estadual Othelino Neto um dos principais opositores do atual governo e que até hoje não conseguiu organizar nem o próprio partido o Solidariedade e que tem como presidente de fachada a sua irmã Flávia Alves.
Lembrando
que; no último pleito em 2024, o Solidariedade saiu minúsculo das urnas assim
como entrou, sem prefeitos e nem vereadores eleitos.
O que causa espanto é ver um partido de grande relevância no cenário nacional como o PSB ser entregue a uma senadora que sequer passou pelo crivo do voto popular no Maranhão. Ana Paula Lobato chegou ao Senado como suplente e nunca teve a legitimidade direta das urnas.
A
decisão revela não apenas uma reconfiguração interna do PSB, mas também um
movimento que pode acirrar ainda mais as disputas políticas no estado.
Desde
que assumiu a filiação do governador Carlos Brandão, o PSB passou a ocupar
papel central no tabuleiro político maranhense, sendo peça-chave nas
articulações para as eleições de 2022. No entanto, a iminência de uma mudança
no comando estadual irá fragilizar a unidade interna e acelerar a
reconfiguração de forças.
Nos
últimos dias, prefeitos, vereadores e dirigentes municipais têm ficado em
estado de alerta, enquanto outros já negociam a migração para partidos aliados
com maior estabilidade e estrutura de campanha para 2026. O clima é de
incerteza: parte das lideranças teme perder espaço político com o novo comando alinhado
a grupos rivais.
O
histórico peso do PSB no Maranhão reforçado pela presença de Brandão e pela
representatividade em cargos estratégicos será minimizado com o processo de
esvaziamento. Analistas apontam que a troca de comando irá gerar impacto direto
na formação de alianças para 2026, inclusive com possíveis perdas no apoio à
reeleição do governador ou na sustentação de sua base política.
Nos
bastidores, a disputa pelo controle do partido envolve nomes que eram ligados
ao grupo do governo e figuras. com o martelo seja batido, o PSB seguirá agora
em compasso de espera, enquanto sua força política será colocada à prova em um
dos momentos mais delicados de sua história recente.
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