Uma
trama que levanta sérias suspeitas sobre a lisura de contratos públicos está em
curso na prefeitura de São Bento, sob a gestão do prefeito Dino Penha (MDB).
Duas empresas, registradas no mesmo endereço na cidade de Viana e pertencentes
a um casal, acumularam contratos que, somados, chegam a quase R$ 30 milhões
(trinta milhões de reais). A situação veio à tona após aliados do próprio
prefeito, insatisfeitos com a predominância de empresas de fora do município em
licitações milionárias, delatarem o esquema ao blog Joerdson Rodrigues.
As
empresas no centro dessa trama são a L A Meireles Gomes Empreendimentos e
Construção e a LL Construções. Ambas estão curiosamente sediadas no mesmo
endereço: Avenida Luis de Almeida Couto, nº 641, no Centro de Viana. A
primeira, L A Meireles Gomes Empreendimentos, está registrada em nome de Luiz
Antônio Gomes. Já a segunda, LL Construção, tem como proprietários Luciane da
Silva Fernandes Gomes e o mesmo Luiz Antônio Gomes, configurando uma clara
ligação familiar e empresarial.
Especialistas
em direito administrativo apontam que a repetição de endereços entre empresas
contratadas pelo poder público não é, por si só, uma irregularidade. Contudo,
quando há movimentação de valores expressivos e concentração de contratos, é
recomendável que órgãos de controle, como o Ministério Público e os tribunais
de contas, apurem a situação.
O
volume de contratos públicos direcionados para as “empresas gêmeas” é
impressionante. Segundo dados do portal do Tribunal de Contas do Estado (TCE),
a L A Meireles Gomes Empreendimentos detém contratos que totalizam R$
22.582.348,39 (vinte e dois milhões, quinhentos e oitenta e dois mil, trezentos
e quarenta e oito reais e trinta e nove centavos). Por sua vez, a LL
Construções possui contratos no valor de R$ 6.925.730,07 (seis milhões,
novecentos e vinte e cinco mil, setecentos e trinta reais e sete centavos).
Juntas,
as empresas do casal de Viana já garantiram um montante total de R$
29.508.078,46 (vinte e nove milhões, quinhentos e oito mil, setenta e oito
reais e quarenta e seis centavos) desde que começaram a operar com a prefeitura
de São Bento, em 2023.
O
caso deve repercutir no cenário político e administrativo da região, com
expectativa de que órgãos fiscalizadores intensifiquem a análise dos contratos
para assegurar a correta aplicação dos recursos públicos.
Com Informações do Blog Joerdson Rodrigues

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