O Prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Peixoto Moura Xavier, vai deixar a prisão após decisão do Tribunal de Justiça do Maranhão. Ele é acusado de assassinar o policial militar Geidson Thiago da Silva dos Santos durante uma vaquejada em Trizidela do Vale, no dia 6 de julho. A medida permite que o gestor responda ao processo em liberdade, sob monitoramento eletrônico e com restrições impostas pela Justiça.
Segundo
as investigações, o crime ocorreu no Parque Maratá, em meio ao evento de
vaquejada. De acordo com relatos, a discussão entre o prefeito e o policial
começou por causa do farol alto do carro de João Vitor. A vítima, que estaria
embriagada e portando uma arma de fogo, teria iniciado agressões verbais e
físicas, momento em que o prefeito reagiu e efetuou cinco disparos. O policial
foi socorrido, mas não resistiu.
A
defesa do prefeito afirma que ele agiu em legítima defesa, sustentando que o
policial sacou a arma primeiro. Um laudo técnico anexado ao processo reforça
essa versão, indicando que os tiros foram disparados de frente, em curto
intervalo de tempo, caracterizando reação imediata. O comando da Polícia
Militar na região confirmou que Geidson havia sido orientado a deixar o evento
e retornar ao serviço, mas preferiu permanecer armado e consumindo bebidas
alcoólicas.
O
Tribunal entendeu que não havia elementos suficientes para manter a prisão
preventiva. A avaliação foi de que a gravidade do crime, por si só, não
justifica a medida, e que não existem indícios de que o prefeito possa
atrapalhar o andamento do processo ou oferecer risco à ordem pública. Entre as
condições impostas, estão a proibição de contato com testemunhas, restrição de
circulação noturna, proibição de frequentar bares e boates e uso de
tornozeleira eletrônica.
Licenciado
do cargo por motivos de saúde, João Vitor Peixoto Moura Xavier aguardará o
julgamento em liberdade. O caso segue em tramitação, e caberá ao tribunal
definir se houve legítima defesa ou homicídio qualificado.

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